
Dezembro é o mês dedicado à luta contra a AIDS — Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, doença que afeta o sistema imunológico e reduz a capacidade do organismo de se defender de enfermidades que surgem na esteira da infecção. O vírus HIV, responsável por desenvolver a AIDS, pode ser adquirido por meio de relações sexuais sem preservativo, transfusões de sangue, pela gravidez, durante o parto ou pela amamentação, no caso de a mãe já estar com o vírus no sangue.
Como pode ser facilmente contaminável por contato sanguíneo e de fluídos, alguns cuidados importantes na prevenção da doença são o uso de preservativo em todas as relações sexuais e a utilização de seringas e agulhas descartáveis durante procedimentos hospitalares, por exemplo.
Até o ano passado já foram identificados, no Brasil, mais de 842 mil portadores da doença, número que vem crescendo anualmente, segundo o Boletim Epidemiológico de HIV (2016). A AIDS ainda não tem cura, mas pode ser tratada por meio de medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde — SUS, que atuam aumentando a proteção do organismo e reduzindo os efeitos da doença.
A alimentação é uma das formas de ajudar as pessoas em tratamento a conviver melhor com os efeitos colaterais causados pelos medicamentos. Além de contribuir para fortalecer o sistema imunológico, também evitam problemas crônicos como diabetes, insuficiência hepática e doenças no coração. É importante que o portador do vírus seja acompanhado por um nutricionista para ajudar na reeducação alimentar. Caso o paciente não faça esse acompanhamento com um profissional, há o risco de ocorrer perda de peso, pois a doença acelera o metabolismo.
Recomenda-se ingerir proteínas e gorduras boas, como peixes, carnes magras e queijos brancos. As orientações também incluem fazer as refeições a cada três horas; beber bastante água e sucos naturais; optar por alimentos integrais e evitar frituras e conservantes. Guloseimas não são proibidas, tudo depende do estado físico do paciente. Caso seja liberado, o ideal é comer apenas duas vezes por semana.
Confira abaixo como a alimentação pode auxiliar no controle dos efeitos colaterais causados pela síndrome:
Náusea e vômito:
•Preferir refeições pequenas e frequentes, e evitar qualquer bebida junto da refeição;
• Evitar refeições muito quentes e preferir frias.
Diarreia:
• Evitar alimentos gordurosos, muito condimentados e açucarados, como refrigerantes e sucos industrializados;
• Beber muitos líquidos, como água, água de coco ou soro caseiro, se tiver vômito ou diarreia;
• Comer alimentos com poucas fibras como banana, maçã sem casca, torradas, pão, arroz, macarrão e biscoitos secos.
Perda de apetite:
• Apostar em alimentos como sopas ou milkshakes e vitaminas que não precisam de muito esforço pra consumir.
Alteração do paladar:
• Utilizar muitas ervas aromáticas, como cúrcuma, pimenta, orégano, tomilho, cominhos, louro, alecrim ou manjericão.
Feridas na boca e esôfago:
• Evitar alimentos ácidos como frutas cítricas, vinagre, alimentos picantes salgados ou quentes.
Perda de peso:
• Adicionar farinha de arroz, leite em pó ou creme de leite na sopa e pratos com molhos.
O vírus da AIDS se manifesta no corpo de três a seis semanas após a infecção, e apresenta sintomas similares ao de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, muitas pessoas deixam de fazer os exames, pois acreditam que não seja algo grave. Porém, depois de dois anos os sintomas começam a aumentar, como diarreia, suores noturnos e emagrecimento. Devido à queda da imunidade, o corpo fica mais vulnerável a outras doenças.
Fonte - http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/janeiro/05/2016_034-Aids_publicacao.pdf,https://www.tuasaude.com/alimentacao-para-hiv
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